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7 mar

Como dar resultados em tempos de crise e não ser demitido?

O momento é propício para mostrar o seu melhor e se tornar essencial. Especialista em coaching dá dicas de como não deixar o baixo astral da crise atrapalhar o rendimento no trabalho.

 

Desemprego aumentando e a crise abalando a confiança dos mais otimistas. Porém, o que pouca gente se dá conta, é que o período pode ser uma grande oportunidade para repensar as atitudes e impulsionar a carreira. Ou, quem sabe ainda, ser promovido! Segundo o especialista em liderança e Executive Coah, Guilherme Piazzetta, existem formas de identificarmos nosso rendimento na empresa e então tomarmos atitudes para nos tornarmos essenciais, eliminando aí o medo de ser o próximo demitido ou o real risco disso acontecer.

 

“Uma empresa vive de resultados, e esse é um dos primeiros parâmetros que é levado em consideração no momento de uma demissão. Se você está como medo de ser demitido, a primeira pergunta que pode fazer a si mesmo é: ‘Em termos de resultados, o que a empresa espera de mim e como eu estou?’ Dificilmente a resposta será péssimo, pois se assim fosse, provavelmente já teria sido demitido na atual situação do mercado. Se a resposta for mediano, é um alerta de que pode haver um risco, dependendo da situação da empresa e de seu ramo de atuação. Se a resposta for excelente, a chance é bem pequena, pois dificilmente um líder vai querer perder alguém que gera excelentes resultados. Esse raciocínio parece óbvio, mas pode ser muito útil para um colaborador que está gerando excelentes resultados se acalmar e focar ainda mais na manutenção de seus resultados. Para alguém com resultados medianos, pode ser um impulsionador mental e emocional para traçar novas estratégias, melhorar seus resultados e entrar para o grupo das pessoas valiosas para a empresa, com baixo risco de demissão”, explica o especialista.

 

A grande dica é controlar o pensamento e não deixar o baixo astral ou o pessimismo influenciar no rendimento e, principalmente na motivação e nas boas ideias. “Pensar que o cenário está ruim, que poderá ser o próximo, somente gerará emoções negativas, que desencadearão atitudes menos produtivas e resultados ruins. Exceto quanto um departamento deixa de existir em uma empresa, sempre haverá pessoas trabalhando nesse departamento. Quem fica são os melhores, os que geram mais resultados. Esses são aqueles que conseguem blindar seus pensamentos contra as informações desagradáveis do dia a dia, e se mantém focados em utilizar suas melhores habilidades individuais para continuarem produzindo”, afirma Piazzetta.

 

Momento é de promover a reinvenção e a inovação
Os líderes que se vêm desafiados a produzir mais resultados em um cenário ruim, estão diariamente buscando se reinventar para conseguir se sair bem nesse cenário tão competitivo, e, muitas vezes, se sentem sozinhos e limitados. Esse momento de crise gera uma excelente oportunidade para os colaboradores se aproximarem de seus líderes como fontes de apoio e reinvenção, propondo soluções relevantes, utilizando suas melhores competências técnicas e aproveitando o momento para aprimorar o relacionamento profissional e a comunicação direta.

 

“A crise sempre traz excelentes oportunidades para inovação, um dos bens intangíveis mais valiosos do mundo corporativo. A inovação é o principal fator competitivo que as empresas possuem. Inovação não vem de máquinas, vem de pessoas. E as pessoas normalmente conseguem inovar quando se desafiam a sair da sua rotina automática de execução e se obrigam a pensar fora da caixa. Toda crise sempre traz oportunidades, mas quem consegue enxergá-las são aquelas pessoas que direcionam sua mente para potencializar os ganhos e minimizar as perdas. Pensar que o resultado é possível é a primeira atitude para atingi-lo”.

 

Comportamento inadequado é causa de 85% das demissões, mesmo com bons resultados

 

Em meio ao processo de autoanálise, existe outro critério que é tão ou mais importante que os resultados, chamado comportamento. Atualmente, cerca de 85% das pessoas que são demitidas no mercado de trabalho brasileiro não são demitidas por razões de ordem técnica, e sim comportamentais. Os motivos são intriga, fofoca, inflexibilidade, mau humor, comunicação inadequada, insubordinação, impontualidade, dentre outros.

 

“Essa é uma ótima pergunta que a pessoa pode fazer a si mesmo, também. Eu tenho histórico de problemas comportamentais na empresa? Se a resposta for sim, o risco de demissão aumenta muito, mesmo para aqueles colaboradores que vem gerando excelentes resultados. Para quem tem consciência de um histórico comportamental ruim, o primeiro passo é se redimir com as pessoas envolvidas e começar a gerar a mudança comportamental positiva o mais rápido possível, alinhando as novas expectativas de atitudes com seu líder”, finaliza o especialista.

 

Sobre Guilherme Piazzetta

Executive coach, Doutor e Mestre em administração e liderança. Empresário e professor de MBAs e formação de coaches. Ministra cursos de liderança in company em empresas nacionais e multinacionais.

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