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20 ago

Grupo Vellore quer faturar R$ 280 milhões até final de 2023 e aposta no setor de matcon por segmentação

Marca vem trabalhando na segmentação das marcas Foxlux e Famastil e na transparência para ganhar mercado de material de construção

O setor atacadista e distribuidor do Brasil faturou, em 2022, R$ 364,3 bilhões segundo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). O dado representa 12,2% a mais que o ano anterior e em parte se deve ao novo momento do Grupo Vellore, empresa sediada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e que recentemente passou por um rebranding. O Grupo possui em seu guarda-chuva as marcas Foxlux, que comercializa materiais elétricos e de iluminação, Famastil, marca de ferramentas para construção civil e jardinagem, além da Vellore Ventures, aceleradora de startups e braço de inovação do grupo, que quer transformar o mercado de materiais de construção, ou matcon – como é conhecido, investindo em soluções tecnológicas que alavanque o setor. Ainda, o Grupo está investindo num braço financeiro, a F2Bank, que pretende profissionalizar a área de crédito do segmento de materiais de construção.

O que garante a importância do grupo no segmento é o fato de que o Grupo Vellore terminou 2022 entre as 10 empresas paranaenses com maior faturamento segundo o ranking da Abad/NielsenQ, com resultados que ultrapassam os R$ 247 milhões. O número mostra um crescimento de 63,5% se comparado ao de cinco anos atrás. Esse aumento significativo é resultado de uma estratégia que inclui a ampliação do portfólio de produtos e a segmentação voltada para o ramo de materiais de construções, ou, matcon, como é chamado. “A história do Grupo não é recente. Nosso trabalho começou com a Foxlux em 1997 oferecendo disjuntores. Em 2018, houve a aquisição da gaúcha Famastil, que esse ano completa 70 anos de história de solidez no mercado de ferramentas. Em 2020 o Grupo passou a se chamar Vellore”, relembra Paulo Velloso Ribeiro, presidente da empresa, que iniciou o negócio antes dos 30 anos e até hoje está presente em todas as etapas, desde as negociações até transações maiores.

De 2020 até agora, o grupo, que hoje atua em todo o Brasil, Portugal e países da América Latina como Paraguai, Uruguai e Chile, ampliou seus negócios, com a construção de uma fábrica localizada na cidade de Pinhais (PR) com 7.800m² e um centro de distribuição com 10 mil m². “Hoje, com essa nova estrutura, conseguimos produzir nacionalmente 17% dos nossos itens. Ainda, possuímos um escritório na China que viabiliza a abertura de fornecedores locais, acompanha a produção e a qualidade durante o embarque, além do controle das fábricas locais. Todos os nossos processos possuem grande envolvimento da equipe, e isso vem se refletindo nos nossos números”, explica Velloso.

Com a construção da fábrica, a ideia é aumentar ainda mais a capacidade de produção nacional, buscando soberania e menos dependência do mercado externo. Mas, para isso, a marca vem passando por um processo de reposicionamento dos produtos vendidos. “Queremos fortalecer cada vez mais a Famastil como referência na venda de produtos para jardinagem e ferramentas, enquanto a Foxlux vai responder com mais força pela venda de iluminação e materiais elétricos”, diz Paulo. Hoje, são mais de 1.000 itens comercializados pelo grupo, e entre os mais vendidos estão lâmpadas LEDs oferecidas pela Foxlux, e mangueiras para jardinagem, da Famastil.

Transparência como valor

Todos os dados especificados no texto não são segredo para ninguém. Ao entrar no Centro de Distribuição e em qualquer outro espaço do Grupo é possível ver painéis não só com metas, mas também o faturamento, volume de vendas e outras informações que normalmente ficam restritas aos cargos de gerência. “Acreditamos que a transparência é uma das formas de fazer com que as equipes se sintam motivadas e engajadas. Nossa taxa de turnover é muito baixa. A maioria dos funcionários estão conosco há muito tempo e com certeza isso é resultado desse trabalho”, diz o presidente do grupo. Hoje, ao todo, cerca de 200 colaboradores trabalham para o Vellore, além de representantes comerciais espalhados pelo Brasil.

A empresa também é detentora da Certificação OEA (Operador Econômico Autorizado), selo concedido pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e que apenas 150 empresas possuem no país. A Certificação garante o reconhecimento de práticas éticas e seguras, além de oferecer vantagens como agilidade, economia, simplificação nos procedimentos e previsibilidade nos fluxos do comércio – sobretudo exterior -, além de ser possível usufruir de benefícios oferecidos pela Receita Federal, como tratamento prioritário no desembaraço de cargas, atendimento direto na Receita Federal sem restrições de horário, menor risco e custos de operações aduaneiras, garantia no aumento de segurança nas operações logísticas, entre outros.

Como forma de engajar seus colaboradores, o grupo criou o SIM – Sistema Interno de Melhorias, um comitê formado por funcionários que promovem ações internas e externas, como campanhas e diversas outras atividades voltadas à comunidade. E, como forma de dar visibilidade ao trabalho realizado, uma das apostas do grupo é também o patrocínio de modalidades esportivas. E são muitos. Entre ele, o patrocínio de times de futebol como Santos, Corinthians, Sport Recife, Paraná Clube e Ponte Preta, do qual  é patrocinador  atualmente. Também apoia equipes da Copa Truck, Stock Car Series, e também torneios de beach tennis, corridas de rua, travessias, triathlon, entre outras. “A gente acredita que esse tipo de ação não só dá visibilidade à marca, mas também traz para todos os envolvidos, colaboradores, clientes, uma sensação de pertencimento. É muito legal ver que sua empresa, a marca que você confia está nesses lugares”, diz Paulo.

Foco no crescimento

Entre as diretrizes estratégicas do grupo para alcançar o objetivo dos R$ 280 milhões, está não só a alta performance e a produtividade ocasionadas pelo comprometimento da equipe, mas também a blindagem de clientes estratégicos. Hoje, são cerca de 1200 clientes (entre atacados e varejos) diretos* e cerca de 50 mil indiretos (que comercializam os produtos das marcas através dos grandes atacados) que vendem os produtos Foxlux e Famastil e, ao contrário de muitas marcas, não há objetivo de ampliar essas parcerias, mas sim, manter os clientes já ativos.

“Acreditamos muito no poder do pós-venda e, mais que isso, no relacionamento com os nossos clientes. Realizamos diversas ações de relacionamento e queremos que isso se intensifique cada vez mais. Afinal, a gente acredita que o crescimento não está só no resultado de vendas, mas numa cadeira inteira de bons resultados”, diz Velloso.

Entre os desafios da marca está o de se destacar nos segmentos de jardinagem, ferramentas e iluminação – um mercado muito competitivo e no qual os clientes finais definem suas escolhas muito baseadas no preço. “Essa é uma das estratégias mais desafiadoras. Por isso fidelizar grandes redes é muito importante, pois é por meio delas que a gente chega ao cliente final, que é decisivo para a marca”, diz ele. Na pandemia, o Grupo viu suas vendas aumentarem, em decorrência de um maior tempo em casa e de cuidados com o lar. “De 2019 para 2020 a gente viu nossas vendas passarem de R$ 164 milhões para mais de R$ 233 milhões, um resultado muito expressivo. Passada a pandemia, o que a gente precisa agora é fazer esse público final entender a importância na hora de escolher esses produtos, e toda a nossa estratégia está direcionada para isso”, finaliza ele.

*Pelos endereços abaixo é possível localizar quaisquer produtos específico das linhas e onde estão disponíveis perto do seu endereço ou online:
https://foxlux.pertinhodemim.com/
https://famastil.pertinhodemim.com/